Por Roseli Garcia é diretora de Rede da Boa Vista SCPC.
Fonte: http://www.boavistaservicos.com.br/scpc-60-anos/golpes-e-fraudes-entre-empresas-nao-seja-a-proxima-vitima/ acessado em 02/06/2017.
Nos artigos que redijo, frequentemente abordo os cuidados contra
golpes e fraudes aplicados por consumidores mal intencionados. Eles
acontecem todos os dias, causando uma série de prejuízos em empresas de
todos os portes e segmentos – refletindo num impacto maior no capital de
giro das pequenas e médias empresas, obviamente. Entretanto, é sempre
válido lembrar que esse tipo de risco não vem apenas de consumidores
golpistas: vem também de empresas fraudadoras.
Em geral, não é raro ver companhias que se empolgam com pedidos
polpudos de outras empresas de constituição recente, que pedem um grande
volume de mercadorias de alta rotatividade. Nisso, elas liberam um
pagamento em condições amigáveis para, no final… sofrerem um golpe.
Mediante isso, venho aqui repercutir brevemente as características
desses contraventores e quais medidas adotar para evitar que cenas como
essa também ocorram com a sua empresa.
Primeiramente, o que o empreendedor da micro, pequena e média empresa
precisa se atentar é: cuidado com empresas com poucos meses no mercado,
CNPJ recém-aberto e que mudam seu quadro societário constantemente.
Quando a empresa for de constituição recente, procure saber mais sobre o
histórico de seus sócios dirigentes, qual é a experiência no segmento e
de onde vieram, Outro fator que deve receber bastante atenção, conforme
citado anteriormente, é o volume de compra: veja se ele condiz com o
porte e situação da empresa.
É aconselhável que o empresário também dê uma atenção especial nos
produtos de rápido giro: eles são os grandes preferidos dos golpistas
pelo fato de permanecerem pouco tempo em estoque – e, no geral, serem
mercadorias de primeira necessidade. Isso inclui: alimentos
(especialmente atacado), área têxtil/vestuário, material de construção,
eletroeletrônicos, produtos farmacêuticos, além de autopeças.
Em geral, são duas as modalidades de golpes que os contraventores
aplicam às empresas. A primeira é o golpe de ciclo curto, quando a
companhia fraudadora contrai um pequeno histórico de crédito para
ludibriar a empresa em que pretende aplicar o golpe. Após apresenta-lo,
realiza uma compra grande, não paga as mercadorias e simplesmente
“desaparece do mercado, sem deixar rastros”.
O segundo tipo é o golpe de ciclo longo: a empresa contraventora
aproxima-se da empresa-vítima da fraude e faz uma boa compra à vista, ou
mesmo com um pequeno prazo. Obviamente, ela cria uma boa impressão na
empresa-vendedora, que passa a enxergar nela um promissor parceiro de
negócios. Tirando proveito dessa “falsa impressão”, na segunda ou
terceira compra com a mesma empresa, a companhia fraudadora realiza uma
grande aquisição, aplicando seu derradeiro golpe.
Mediante esse cenário, o ditado popular “quando a esmola é demais, o
santo desconfia” ilustra muito bem essas situações. Portanto, reforço o
meu conselho: cuidado com empresas de constituição recente com
dirigentes que mudam a todo o momento, e que realizam compras volumosas
incoerentes com seu porte ou histórico de crédito. Se ainda assim a
dúvida persistir, não hesite em contar com soluções de crédito
especializadas em identificar históricos de consumo, comportamento de
carteira, e até mesmo alterações de quadro societário. Adotando essas
medidas, tenha certeza que as probabilidades de sua empresa tornar-se a
próxima vítima diminuirão sensivelmente. Fique atento!
Fonte: http://www.boavistaservicos.com.br/scpc-60-anos/golpes-e-fraudes-entre-empresas-nao-seja-a-proxima-vitima/ acessado em 02/06/2017.
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